terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O Champagne e as mulheres

Cada bolhinha em uma tulipa de espumante surge quando se forma uma bolsa em torno de uma partícula microscópica de celulose na superfície interna inferior dos copos. O gás carbônico dissolvido entra na bolsa que se expande, adquire condições para flutuar e sobe. É por isso que em um copo limpo em lavadoras de louças a efervescência, ou perlage, é menos intensa.

Se você quer ter sempre muitas bolhinhas, arranhe o fundo da tulipa. As partículas vão se acomodar nas ranhuras e propiciar uma “poeira de estrelas”.

Sabemos que quanto menor o tamanho das bolhas, melhor o Champagne. Os franceses chegam a tratar com desprezo os espumantes com bolhas maiores chamando-as de “oeils de crapaud” (olhos de sapo).

No momento de sua formação o diâmetro de uma bolhinha tem apenas vinte milésimos de milímetro; ela vai se expandindo ao subir no copo até atingir quase um milímetro no momento da explosão. Baseado nessa eno-matemática calculou-se em 49 milhões, em média, o número de bolhas em uma garrafa de Champagne de 750 ml.

As bolhas ajudam o álcool a atingir a corrente sanguínea mais rapidamente. No caso das mulheres, mais propensas a se deixar levar pelo álcool, a euforia chega de imediato ao beber Champagne e elas começam a rir ou riem ainda mais do que antes. 


Evoé!

sábado, 26 de janeiro de 2013

Eis as respostas para o Teste 01 (publicado em 18/01/2013)

1 - O Quinta de Saes é do Dão (e não da Bairrada)
2 - O vale de vinhedos de Casablanca fica no Chile (e não no Marrocos)
3 - A denominação "Greco di Tufo" é DOCG (e não IGT).
4 - A vinícola se chama Guerrieri-Rizzardi (e não Guerrieri- Rinardi)
5 - O Volnay "Caillerets" é um tinto da Pinot Noir (e não vinho branco).
6 - O Pintas é importado e distribuído pela Adega Alentejana (e não pela Vinea)
7 - Os vinhos Penedo Borges tiveram sua primeira safra em 2004 (não poderia ser 2003).
8 - O Private Collection tinto é Mavrodaphni/Merlot (e não Mavrodaphni/Syrah).
9 - O Monte dos Cabaços é do Alentejo (e não do Tejo)
10 - Echézeaux é uma denominação Grand Cru (e não 1er. cru)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Curiosidades - Teste 01

As linhas abaixo são de uma carta de vinhos (nome do fornecedor entre parêntesis).
Todos os itens incluem um erro. Vamos apontar o erro em cada caso e dizer qual é o certo? 

VINHOS BRANCOS
1 – Quinta de Saes Reserva Encruzado 2010 - Bairrada, Portugal (Mistral)
2 -  Sauvignon Blanc Reserve Expresión 2010 – Casablanca, Marrocos (Decanter)
3 – Feudi di San Gregorio Greco di Tufo IGT 2006 – Campania, Itália (World Wine)
4 – Guerrieri-Rinardi Soave Classico 2006 – Veneto, Itália (Vinci)
5 – Domaine de Briailles Volnay 1er. Cru Caillerets 2009 – Borgonha, França (Grand Cru)

VINHOS TINTOS
6 – Wine & Soul Pintas Character Tinto 2008 – Douro, Portugal (Vinea)
7 – Penedo Borges Malbec Reserva 2003 – Mendoza, Argentina (ASA Gourmet)
8 – Antonopoulos Private Collection Mavrodaphne/Syrah 2003 – Patras, Grécia (Mistral)  
9 – Monte dos Cabaços Reserva Tinto 2005 – Tejo, Portugal (Adega Alentejana)
10 – Bouchard Echezeaux 1er. Cru 2010 – Borgonha, França  (Grand Cru)


Respostas em breve

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A Zona Alta do Rio Mendonza

... seja em Beijing, Quingdao ou Shanghai, se alguma razão inesperada lhe levou à China, você há de encontrar na carta de um restaurante de estilo ocidental um Norton Torrontés ou um Norton Malbec argentino elaborado pelas Bodegas Norton. Pois desde que o magnata austríaco Gernot Langes-Swarowsky comprou a Norton, em 1989, mudanças drásticas  aconteceram na vinícola centenária em termos comerciais. Afinal de contas, vinhos da Norton e cristais Swarowsky encontram-se em todo o mundo.

...o engenheiro Jean Pierre Thibaud, portenho de ascendência francesa, tem um currículo notável que inclui uma passagem pelo Banco Mundial, em Washington, e a posição de CEO da Chandon Argentina. No fim dos anos 1990, já aposentado,  fundou (com Jacques de Montalambert) uma “bodega” com o nome inicial de Bacchus. Encantado, porém, com a lenda indígena de uma moça araucana que se atrevera a mirar nos olhos de um deus, deu a seus vinhos a marca “Ruca Malén” (a casa da moça), mais tarde também o nome da vinícola. Pois se algo lhe fez chegar ao Canadá ou à Irlanda, você há de encontrar por lá também um Malbec da Bodega Ruca Malén, com licença da rima.

...e por falar em Chandon Argentina, é bem possível que em sua próxima passagem pelo Caribe lhe seja servido na piscina do hotel um Chandon Brut Nature elaborado em Mendoza. Não sei se a presidente da Chandon Argentina ainda é Margareth Henriquez (Maggie). Mas sei que essa venezuelana formada em Harvard, alta e graciosa, incorporou em Mendoza a elegância associada ao nome Chandon. E com ela a abrangência na América Latina e no Caribe.

... do Rio de Janeiro a Natal, RN, passando por BH, Vitória e Salvador,   mas também na Cidade do México, em NY ou em Bruxelas você encontrará em restaurantes, lojas e supermercados um Malbec ou um Cabernet Sauvignon da vinícola Otaviano Bodega y Viñedos com a marca Penedo Borges. Empreendimento de cinco brasileiros em Luján de Cuyo (pela marca, está claro que estou incluído) com o apoio do sócio administrador mendocino Jorge Cahiza, a Otaviano vem se distinguindo nos seus oito anos de existência pelos prêmios de qualidade e referências elogiosas recebidos, em lugares tão diferentes e distantes como Londres, Finger Lakes, Mendoza e Cidade do México.

Mas afinal, o que há de comum entre Norton, Ruca Malén, Chandon Argentina e Otaviano? Todos são localizados na chamada Zona Alta do Rio Mendoza, na província de Mendoza, Argentina, entre a auto-estrada que sai da capital para o sul (Ruta 40) e a Cordilheira dos Andes.

Claro está que não estão sozinhas mas uma lista seria infindável: Bodega Séptima, Viña Cobos, Las Perdices, Melipal,  Decero e assim por diante, todos querendo usufruir desse extraordinário terroir, habitat ideal da Malbec, ali implantada há mais de um século, e origem de alguns dos melhores Cabernet  Suvignon, Syrah, Chardonnay e Sauvignon Blanc argentinos, alguns com posição consolidada e outros em plena ascensão no mercado vinícola internacional.

Deleite para os olhos tendo a Cordilheira como pano de fundo, a área inclui as denominações Vistalba, Perdriel e Agrelo a uma altitude de 1000 metros acima do nível do mar.

Ali os terrenos são de aluvião, pedregosos, pouco férteis. Pouquíssima chuva (200 mm/ano) , verões quentes e secos, amplitude térmica elevada (que chega a 20 graus centígrados no verão) completam o quadro favorável ao desenvolvimeno de viníferas de alta qualidade.

Mas não é só uva e vinho. Turismo de aventura, canoagem, esqui, montanhismo subida ao alto das montanhas até 4.000 metros com visita às incríveis barragens, incluindo a vista do Aconcágua, fazem da Zona Alta do Rio Mendoza uma festa para os visitantes.

Será que estou exagerando?  Bem, é ver para crer.